quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

calendario de vacinação

Calendário básico de vacinação da criança

Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
Orientações importantes para a vacinação da criança:

(1)
  vacina BCG:
Administrar o mais precoce possível, preferencialmente após o nascimento.  Nos prematuros com menos de 36 semanas administrar a vacina após completar 1 (um)  mês de vida e atingir 2 Kg. Administrar uma dose em crianças menores de cinco anos de idade (4 anos 11meses e 29 dias) sem cicatriz vacinal. Contatos intradomicíliares de portadores de hanseníase menores de 1 (um) ano de idade, comprovadamente vacinados, não necessitam da administração de outra dose de BCG. Contatos de portadores de hanseníase com mais de 1 (um)  ano de idade, sem cicatriz - administrar uma dose. Contatos comprovadamente vacinados com a primeira dose - administrar outra dose de BCG. Manter o intervalo mínimo de seis meses entre as doses da vacina. Contatos com duas doses não administrar nenhuma dose adicional. Na incerteza da existência de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intradomiciliares de portadores de hanse níase, aplicar uma dose, independentemente da idade. Para criança HIV positiva a vacina deve ser administrada ao nascimento ou o mais precocemente possível. Para as crianças que chegam aos serviços ainda não vacinadas, a vacina está contra-indicada na existência de sinais e sintomas de imunodeficiência, não se indica a revacinação de rotina. Para os portadores de HIV (positivo) a vacina está contra indicada em qualquer situação.

(2)  vacina hepatite B (recombinante): Administrar preferencialmente nas primeiras 12 horas de nascimento, ou na primeira visita ao serviço de saúde. Nos prematuros, menores de 36 semanas de gestação ou em recém-nascidos à termo de baixo peso (menor de 2 Kg), seguir esquema de quatro doses: 0, 1, 2 e 6 meses de vida. Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos (RN) de mães portadoras da hepatite B administrar a vacina e a imunoglobulina humana anti-hepatite B (HBIG), disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais - CRIE, nas primeiras 12 horas ou no máximo até sete dias após o nascimento. A vacina e a HBIG administrar em locais anatômicos diferentes. A amamentação não traz riscos adicionais ao RN que tenha recebido a primeira dose da vacina e a imunoglobulina.

(3)
  vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis e Haemophilus influenzae b (conjugada):
Administrar aos 2, 4 e 6 meses de idade. Intervalo entre as doses de 60 dias e, mínimo de 30 dias.  A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis – DTP são indicados dois reforços. O primeiro reforço administrar aos 15 meses de idade e o segundo reforço aos 4  (quatro) anos. Importante: a idade máxima para administrar esta vacina é aos 6 anos 11meses e 29 dias. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados menores de 1 ano  iniciar esquema com DTP+ Hib; não vacinados na faixa etária entre 1 a 6 anos, iniciar esquema com DTP. Para os comunicantes menores de 1 ano com vacinação incompleta, deve-se completar o esquema com DTP + Hib; crianças na faixa etária de 1 a 6 anos com vacinação incompleta, completar esquema com DTP. Crianças c omunicantes que tomaram a última dose há mais de cinco anos e que tenham 7 anos ou mais devem antecipar o reforço com dT.

(4)  vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada): Administrar três doses (2, 4 e 6 meses). Manter o intervalo entre as doses de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Administrar o reforço aos 15 meses de idade. Considerar para o reforço o intervalo mínimo de 6 meses após a última dose.

(5)
 vacina oral rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada):
Administrar duas doses seguindo rigorosamente os limites de faixa etária: 
primeira dose: 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias.
segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias.
O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 30 dias. Nenhuma criança poderá receber a segunda dose sem ter recebido a primeira. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação não repetir a dose.

(6)  vacina pneumocócica 10 (conjugada): No primeiro semestre de vida, administrar 3  (três) doses, aos 2, 4 e 6 meses de idade. O intervalo entre as doses é de 60 dias e, mínimo de 30 dias. Fazer um reforço, preferencialmente, entre 12 e 15 meses de idade, considerando o intervalo mínimo de seis meses após a 3ª dose. Crianças de 7-11 meses de idade: o esquema de vacinação consiste em duas doses com intervalo de pelo menos 1 (um) mês entre as doses. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses, com intervalo de pelo menos 2 meses.

(7)
 vacina meningocócica C (conjugada):
Administrar duas doses aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias, e mínimo de 30 dias. O reforço é recomendado preferencialmente entre 12 e 15 meses de idade.

(8)
 vacina febre amarela (atenuada):
Administrar aos 9 (nove) meses de idade. Durante surtos, antecipar a idade para 6 (seis) meses. Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os paises em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.  Administrar a va cina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
(9)  vacina sarampo, caxumba e rubéola: Administrar duas doses. A primeira dose aos 12 meses de idade e a segunda dose deve ser administrada aos 4 (quatro) anos de idade. Em situação de circulação viral, antecipar a administração de vacina para os 6 (seis) meses de idade, porém deve ser mantido o esquema vacinal de duas doses e a idade preconizada no calendário. Considerar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Calendário de vacinação do adolescente
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Orientações importantes para a vacinação do adolescente

(1)  vacina hepatite B (recombinante): Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior, seguindo o esquema de três doses (0, 1 e 6) com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. A vacina é indicada para gestantes não vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vírus da hepatite B a após o primeiro trimestre de gestação.

(2)
  vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto):
Adolescente sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose.  Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema de três doses. Nos comunicantes com esquema de vacinação incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 (cinco) anos, deve-se an tecipar o reforço.

(3)  vacina febre amarela (atenuada): Indicada 1 (uma) dose  aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.  Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cad a dez anos após a data da última dose.
Precaução: A vacina é contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientação médica do risco epidemiológico e da indicação da vacina. 

(4)  vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses é de 30 dias.

Calendário de vacinação do adulto e do idoso
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso.

(1)  vacina hepatite B (recombinante): oferecer aos grupos vulneráveis não vacinados ou sem comprovação de vacinação anterior, a saber: Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação; trabalhadores da saúde; bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, dentre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usuár ios de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST.
A vacina esta disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para as pessoas imunodeprimidas e portadores de deficiência imunogênica ou adquirida, conforme indicação médica.

(2)  vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto): Adultos e idosos não vacinados ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 (sessenta) dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada a mais de cinco (5) anos. A mesma deve ser administrada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um acaso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema com três doses. Nos comunicantes com esquema incompleto de vacinação, este deve ser completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 anos, deve-se antecipar o ref orço.


(3)  vacina febre amarela (atenuada): Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.  Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
Precaução: A vacina é contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vírus buscar orientação médica. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliação do risco da doença e benefício da vacina.

(4)  vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: Administrar 1 (uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove) anos de idade e em homens de 20 (vinte) a 39 (trinta e nove) anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal.

(5)  vacina influenza sazonal (fracionada, inativada): Oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.

(6) vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica):  Administrar 1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos indivíduos de 60 anos e mais que vivem em instituições fechadas como: casas geriátricas, hospitais, asilos, casas de repouso, com apenas 1 (um) reforço 5 (cinco) anos após a dose inicial.

aula sobre vírus

Catapora


Lesões típicas da catapora.
A catapora, ou varicela, é uma doença viral, causada pelo Herpesvirus varicellae, e que se manifesta com maior frequência em crianças. Na maioria das vezes, apresenta-se de forma benigna, e as pessoas acometidas tendem a apresentar cansaço, dor de cabeça, febre e perda de apetite.
O mais característico, no entanto, é o surgimento de pequenas feridas de cor avermelhada e número variável, que costumam se manifestar no tronco, rosto, membros e, em alguns casos, nas mucosas. Logo, essas lesões evoluem para bolhas com líquido e, em cerca de cinco dias, começam a cicatrizar. Como aparecem em grupos, em uma mesma pessoa acometida, tais lesões são visíveis, apresentando-se em diferentes estágios.
A transmissão se dá por meio de gotículas ou secreções nasais contendo o vírus, mesmo que os sintomas ainda não tenham surgido. Além disso, a secreção das feridas também é contaminante, até mesmo quando já formaram as “casquinhas”. Há, também, a possibilidade de transmissão de mãe para filho, durante a gestação.
Gestantes, recém-nascidos e pessoas nas quais a imunidade se encontra comprometida, devem receber cuidados especiais, já que a doença, nesses casos, pode evoluir para quadros mais graves, como pneumonia, edema, infecção de ouvido, herpes zoster (erupção cutânea bastante dolorosa) e síndrome de Reye (doença grave, de rápida progressão e muitas vezes fatal, que compromete o fígado e o sistema nervoso). Além disso, todos os pacientes devem evitar tocar ou coçar as feridas, já que tais atos podem provocar infecções bacterianas, causando complicações e aumentando a probabilidade da pele ficar manchada.
Quanto ao diagnóstico e tratamento, devem ser feitos sob orientação médica, sendo que esse último se foca no controle dos sintomas e prevenção de complicações, já que não existem medidas que provoquem a expulsão do vírus do organismo. Em hipótese alguma a pessoa deve se automedicar, principalmente se se tratar de salicilatos, como a aspirina, já que este ato pode provocar a síndrome de Reye. Não há comprovação científica acerca da eficácia do permanganato de potássio.
Em razão do seu alto grau de transmissibilidade, é importante que os pacientes permaneçam em casa, de repouso, por pelo menos uma semana, para evitar que outras pessoas sejam afetadas. Introduzida no ano de 1995, outra medida eficaz para a prevenção da catapora, ou de manifestações mais severas, é a vacina. No caso de pessoas imunocomprometidas, e que tiveram contato com o vírus, deve ser avaliada a possibilidade da imunização através do uso de globulinas.
Vale lembrar que pessoas que já contraíram esse vírus se tornam imunes a essa doença. Entretanto, por permanecer, de forma latente, no organismo, o H. varicellae pode provocar a manifestação da Herpes-Zoster.

Caxumba


O aumento do volume da região do pescoço é típico da caxumba.
A caxumba, também denominada papeira, parotidite infecciosa e parotidite endêmica; é uma doença viral cujo responsável pela infecção pertence à família Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus. Com grande capacidade de transmissão, esta se dá através do contato direto com saliva, gotículas aéreas e objetos contendo o vírus. Este também pode ser transmitido de mãe para filho, durante a gravidez, podendo causar abortos espontâneos.

Esta doença, que ocorre principalmente em crianças, apresenta como
sintoma principal o inchamento de uma ou mais glândulas salivares, causando um aumento exagerado do volume da região do pescoço. Além deste fator, febre e em alguns casos, inchamento das glândulas salivares, náuseas, sudorese, zumbido nos ouvidos e dores no corpo e na cabeça podem se manifestar. Em alguns casos excepcionais surgem complicações, como a orqui-epididimite (inchamento dos testículos), ooforite (inchamento dos ovários), pancreatite, meningite e encefalite.

O
período de incubação varia entre duas e três semanas após o contato com o agente transmissor, sendo que o indivíduo acometido é capaz de transmitir o vírus cerca de uma semana antes das manifestações sintomáticas, e até nove dias depois deste evento.

O
diagnóstico é feito pela análise do quadro clínico e, quando necessário, a cultura do vírus e testes sorológicos podem ser requerida.

Não existe
tratamento para a eliminação do vírus, sendo este visado apenas para aliviar os sintomas da doença. Assim, repouso e, em alguns casos, antitérmicos, analgésicos e compressas são indicados. Quanto à prevenção, a vacina tríplice viral (MMR) aos 15 meses de idade, e não ter contato com alguém acometido pela doença, são capazes de fornecer resultados satisfatórios.
 

Dengue

O vetor transmissor da Dengue: mosquito do gênero Aedes.
A dengue é uma doença infecciosa típica de regiões tropicais, causada por quatro tipos de vírus (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), sendo transmitida pelos mosquitos (a fêmea) Aedes aegypti e Aedes albopictus. Costuma evoluir para um quadro epidêmico durante o verão, quando as chuvas são mais freqüentes, ocasionando a formação de poças de água, meio propício para reprodução dos vetores.

A transmissão inicia-se quando o homem, principal hospedeiro, é picado pela fêmea do mosquito Aedes, portador de um dos tipos de vírus. A partir de então o vírus circula na corrente sanguínea por um período que varia de dois a sete dias, podendo se manifestar de três formas:

A dengue cl� �ssica
que provoca erupções na pele, dores musculares e de cabeça, causa febre e aumento das glândulas linfáticas.

A dengue hemorrágica
o doente apresenta hemorragias gastrointestinais, cutâneas, gengivais e nasais, ocorre quando o indi víduo é reinfectado por outro tipo de vírus.

Síndrome de choque da dengue
estado evoluído da dengue hemorrágica, com probabilidade de morte igual a 80%, devido à falência respiratória sem tratamento.

Como não existe vacina contra a dengue, o tratamento requer medidas profiláticas no combate ao vetor (o mosquito), com aplicação de medidas que vão desde o uso de inseticidas à eliminação de focos, objetos que possam acumular água (garrafas, pneus velhos, tambores e latas), evitando assim a proliferação do mosquito.

No Brasil, já foram identificados três tipos d e vírus, e a situação é cada vez mais alarmante, abrangendo todas as regiões do país, com aproximadamente 440 mil casos notificados de dengue clássica, 926 casos de febre hemorrágica e ocorrência de 98 óbitos registrados durante o ano de 2007.

O controle dessa doença requer, principalmente, a colaboração social.
 

Ébola


Fotomicrografia do vírus causador do Ebola
Os vírus, as doenças virais e suas formas de imunização são grandes desafios da ciência mundial, dengue e AIDS são dois exemplos dentre outros tantos. Entretanto, nenhuma outra doença viral atingiu proporções de letalidade como o surto do vírus Ebola, na África.
A doença foi “descoberta” no Zaire (atual república democrática do Congo), em 1976, e os sintomas impressionavam tanto quanto a velocidade com que os infectados morriam. Estima-se que a letalidade do vírus do Ebola durante surtos epidêmicos atinja os 90%, ou seja, a cada 10 pessoas infectadas, 9 morrem.
Várias epidemias de febre hemorrágica produzida pelo Ebola são conhecidas: em 1976, duas epidemias, no Zaire e no Oeste do Sudão, provocaram cerca de 340 mortes. Houve uma terceira epidemia em 1979, no Sudão, e uma quarta, em 1996, no Zaire; ambas com menor quantidade de mortos. A última epidemia matou 224 pessoas em Uganda, entre outubro de 2000 e março de 2001.
Assim como todos os vírus, o do Ebola infecta células sadias do organismo, desencadeando um rápido e sequencial processo de sucessivas multiplicações e infecções de novas células. Desta forma, podemos ter que o tempo de incubação da doença varia de 02 a 20 dias, dependendo, entre outros fatores, do próprio sistema imunológico da pessoa que está infectada.
A forma de contrair a doença é muito simples, basta o contato com uma pessoa já infectada, viva ou morta, e como em alguns países africanos existe a tradição de se lavar os familiares falecidos, a doença se disseminou muito rápido. Após o contágio e período de incubação, os sintomas começam a aparecer, sendo que os mais comuns são: edemas, febre alta, vômito, dor de cabeça e insuficiência hepática e renal.
A deformação do colágeno responsável pela união dos órgãos, o elevado estágio de debilidade do paciente e as sucessivas hemorragias espalhadas por todo o organismo causam a morte do paciente infectado em pouquíssimo tempo; esse quadro é uma das principais características da febre hemorrágica conhecida como Ebola.
Infelizmente, uma vez contraída a doença, o tratamento se concentra basicamente em se tratar dos sintomas e, como já vimos, até 90% dos infectados podem morrer.
Existem, atualmente, 4 variações do gênero filovírus descritas, sendo 3 do vírus Ebola (Ebola Zaires, Ebola Sudão e Ebola Reston), no entanto, algumas vacinas têm sido desenvolvidas a fim de que o problema seja minimizado.
Vários filmes já tentaram traduzir os perigos desse tipo de doença, rápida e letal, como o filme Epidemia (Warner Bros), de 1995, com Justin Hoffman, Morgan Freeman e Cuba Gooding Jr., nessa história o vírus adquire a capacidade de infectar pelo ar. Vale a pena assistir e saber mais.

Febre Amarela


Aedes aegypty: mosquito transmissor da feb re amarela nas cidades.
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um Arbovírus do Gênero Flavivírus. Sua incidência se restringe à América Central, América do Sul e África.
A transmissão se dá por meio da picada de mosquitos previamente contaminados, ao sugarem o sangue de um indivíduo acometido. Nas cidades, o responsável é o Aedes aegypti; e em ambientes de mata, os dos Gêneros Haemagogus e Sabethes. O período de incubação, ou seja, o tempo entre a picada e a manifestação de sintom as, é de aproximadamente três dias.
Em algumas pessoas não há manifestação de sintomas; ao passo que em outras, o quadro se apresenta bastante sério. Febre, náuseas, dor de cabeça e nos músculos aparecem associados ao amarelamento da pele e dos olhos do paciente. Hemorragias, tanto internas quanto externas, podem também se manifestar.
Seus sintomas duram, em média, dez dias. Nesses casos mais graves, além do quadro descrito, há o comprometimento dos rins, o que pode provocar problemas cardíacos, pulmonares e hepáticos; e morte em 50% dos casos.
O diagnóstico é feito pela análise dos sintomas e por meio de exames. Em alguns casos, análises laboratoriais adicionais são requeridas para averiguar se há ou não complicações ou comprometimento de órgãos e/ou funções vitais.
Não existe tratamento específico para a febre amarela e, dessa forma, os procedimentos médicos focam no controle de sintomas e prevenção de complicações. Repouso, ingestão abundante de água, boa alimentação e, no caso de hemorragias, reposição sanguínea, são importantes medidas. Após a cura, não há riscos de reinfecção.
A melhor forma de se evitar a febre amarela é por meio da vacinação, disponível gratuitamente em postos de saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em portos e aeroportos. Ela é recomendada a indivíduos com nove meses de idade ou mais e deve ser reforçada de dez em dez anos.

O controle do mosquito
Aedes aegypti é outra medida eficaz, tendo a vantagem de também prevenir a dengue. Para pessoas cuja imunização por meio da vacina não é recomendada (gestantes, imunocomprometidos, etc.), o uso de bons repelentes, camisas de manga comprida, calça, meias e luvas – ao visitar áreas suscetíveis – é uma boa medida de prevenção.
IMPORTANTE: Assim como na dengue, o uso de aspirina ou outros fármacos contendo acetilsalicílico é contraindicado.


Poliomielite


A gotinha contra a paralisia infantil.
A poliomielite é uma doença viral transmitida principalmente através de gotículas de saliva emitidas por pessoas contaminadas, ou através da ingestão de água e alimentos contaminados por fezes contendo carga viral, propensa ao desenvolvimento da doença.

Os sintomas e afec ções característicos podem resultar: em febre passageira acompanhada de mal-estar, em distúrbios irreparáveis do sistema nervoso e órgãos do sistema muscular. Atingindo normalmente as crianças, acometidas por paralisia infantil, quando não ocasiona falência orgânica.

As medidas profiláticas (preventivas) para controle dessa doença são:

- Evitar contato com pessoas doentes;
-
Cuidados com o preparo dos alimentos, lavando bem as frutas e legumes antes de comê-los.
- Cuidados quanto à qualidade da água, certificando-se que seja realmente potável (própria ao consumo);
- E procurar orientação nos postos de
saúde ou campanhas de multivacinação, para que sejam vacinadas as crianças (duas doses da Vacina Sabin).



Herpes-zóster



Lesões típicas do herpes-zóster
O herpes-zóster, também chamado de cobreiro, é causado pelo mesmo vírus da catapora: o herpes-vírus varicela-zoster, e só ocorre em pessoas que já tiveram essa doença. O que acontece é que, mesmo após a cura da catapora, o vírus ainda permanece no organismo, de forma latente, em term inais nervosos.
Assim, apesar de as pessoas que já foram acometidas pela catapora estarem imunes a reincidências, em situações nas quais a imunidade se apresenta comprometida, há a possibilidade do vírus se reativar, provocando o herpes-zóster. Pessoas de idade mais avançada, transplantados, soropositivos, com deficiências imunológicas, em situação de estresse ou em processo de quimioterapia, estão mais propensos a adquirir essa doença.

As regiões do pescoço, face, entre as costelas e da cintura para baixo, são as mais frequentemente afetadas. Ela se apresenta avermelhada e com pequenas bolhas, dispostas em faixas, acompanhando o nervo. Em quase todos os casos, manifesta-se somente de um lado do corpo.

O paciente tende a sentir bastante dor e, em alguns casos, formigamento. Tais sintomas costumam aparecer poucos dias antes do surgimento das lesões, algumas vezes juntamente com febre, mal-estar e dor de cabeça. O comprometimento dos nervos afetados é uma complicação que pode ocorrer, provocando dores persistentes (neuralgia pós-herpética), por muito tempo, mas que na maioria das vezes cessa de forma espontânea, em até um ano. Caso ocorra na cabeça e/ou pescoço, o herpes-zóster pode provocar cegueira, se afetar o nervo responsável pela visão; ou mesmo encefalite, se o cérebro for atingido.

Para aquelas pessoas que já foram vacinadas contra a catapora, os riscos de adquirir o herpes-zóster é mínimo e, caso ocorra, os sintomas são muito mais brandos. Há também uma vacina específica para o zóster, mas ainda não é amplamente utilizada no Brasil.
Pata tratamento é imprescindível o acompanhamento médico. Embora as lesões tendam a curar naturalmente, em até quinze dias, pode ser necessário o uso de remédios para aliviar os sintomas ou mesmo acelerar o processo de cicatrização das mesmas.
É imprescindível evitar o contato com as feridas, já que isso pode propiciar a contaminação de outras pessoas e também provocar infecções bacterianas secundárias.

Hepatite B


Profissionais de saúde devem utilizar equipamentos de segurança para evitar o contágio pelo HBV.
A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo HBV, um vírus DNA da família Hepdnaviridae, resultando na inflamação das células hepáticas do portador. É transmitida pelo contato com sangue ou secreções corporais contaminadas pelo vírus. Assim, transfusões de sangue, relações sexuais sem camisinha e compartilhamento de agulhas, seringas e objetos perfurocortantes são as principais formas de contaminação. Mães portadoras podem contaminar seus filhos durante a gestação, parto e, em casos muito raros, amamentação.

O período de incubação varia entre 30 e 180 dias, sendo mal-estar, dores no corpo, e falta de apetite e febre os primeiros sintomas; que são seguidos por icterícia (pele amarelada), coceira no corpo, urina escura e fezes claras.

Na maioria dos casos (99%), tais manifestações cessam em aproximadamente seis semanas, ficando o paciente imune a este vírus. Entretanto, alguns indivíduos desenvolvem a hepatite B crônica, sendo observada maior incidência entre aqueles que ingerem bebidas alcoólicas, crianças, bebês e imunocomprometidos. Existindo aproximadamente 350 milhões de pessoas acometidas, esta pode desencadear, em longo prazo, cirrose, câncer de fígado ou mesmo morte.

O diagnóstico é feito por meio de entrevista e análise de amostras sanguíneas, a fim de verificar as partículas virais e/ou anticorpos. Para avaliar o comprometimento do fígado, pode ser necessária a biópsia deste material, podendo ser levantada a necessidade de transplante hepático.

O tratamento é feito somente para driblar os sintomas e complicações da doença, sendo expressamente proibida a ingestão de álc ool ou uso de fármacos sem prescrição médica. No caso da hepatite crônica, é necessário o tratamento correto para evitar a evolução da doença, sendo imprescindível que seja acompanhado por um profissional competente. A duração pode se estender por mais de doze meses, dependendo da gravidade do caso.

Considerando as formas de transmissão anteriormente citadas, evitar tais situações são necessárias. Além disso, bebês devem ser vacinados já no primeiro mês de vida; pessoas que se expuseram a situação de risco precisam receber dosagens de gamaglobulina hiperimune (anticorpo específico contra a hepatite B), para evitar a contaminação ou diminuir seus sintomas; profissionais de saúde não podem abrir mão do uso de equipamentos de proteção individual ao entrarem em contato com sangue ou fluidos corporais; e recém-nascidos de mães portadoras necessitam receber, de imediato, gamaglobulina e vacina. Adultos que não receberam, quando crian� �as, a vacina, devem se vacinar, principalmente aqueles que pertencem ao grupo de risco.

Gripe


Os sintomas da gripe são mais incapacitantes que os do resfriado.
Gripe e resfriado não são a mesma coisa! Ambas as doenças são de origem viral, transmitidas por meio de gotículas de saliva ou secreções nasais contendo estes micro-organismos, e apresentam como sintomas: cansaço, indisposição, dores musculares, corrimento nasal e dor de garganta. Entretanto, quando o sujeito se encontra gripado, estes são mais intensos e incapacitantes, fazendo com que, muitas vezes, nem tenha condições de sair da cama. Febre alta, de surgimento repentino, também tende a fazer parte do quadro gripal. Estes sintomas surgem em até uma semana após a exposição ao vírus, e perduram por aproximadamente cinco dias.

Ocorrendo em todas as partes do mundo, é causada pelo ví rus Influenza: um RNA vírus da Família Orthomyxoviridae, altamente contagioso e com grande capacidade de mutação. Existem três tipos de vírus Influenza: A, B e C. Os dois últimos acometem apenas a nossa espécie, sendo o do tipo C o mais brando e menos frequente. Já o Influenza A, é capaz de infectar diversas espécies animais, sendo também o responsável pelas epidemias e pandemias gripais. Este é classificado em subtipos, de acordo com o arranjo das moléculas de sua superfície.

Nos séculos XX e XXI ocorreram três pandemias: a gripe espanhola, entre 1918 e 1919, causada pelo H1N1; a gripe asiática, 1957 – 1958, pelo H2N2; e a gripe A (anteriormente denominada gripe suína), em 2009, sendo o H1N1 responsável por ela.

Crianças entre 6 e 23 meses de idade, idosos, portadores de doenças crônicas e indivíduos imunodeprimidos geralmente estão mais suscetíveis a este vírus, uma vez que tendem a ter o sistema imunológico mais frág il e, por isso, os riscos de desenvolver complicações, como pneumonias bacterianas, são maiores. Assim, é indicado que estes indivíduos, e também profissionais de saúde, vacinem-se anualmente contra a gripe.

Prevenção:

Alimentação balanceada e saudável; ingestão de líquidos, preferencialmente não muito gelados; dormir pelo menos oito horas por dia; e prática regular de exercícios - medidas necessárias para manter-se saudável e com o sistema imunológico ativo, evitando incidências de gripes e uma gama de outras doenças. Al� �m destas medidas, vale ressaltar:

• Sempre lavar as mãos com água e sabão;
• Evitar aglomerados humanos, principalmente se houver pessoas doentes nestes locais;
• Em surtos de gripe, utilizar máscaras quando seu uso for indicado pelas autoridades;
• Vacinar-se anualmente, caso pertença ao grupo de risco (idosos, imunocomprometidos, etc.).

Importante:

Está gripado? Repouso, ingestão abundante de líquidos e uma dieta equilibrada são essenciais. Em casos de febre, faça compressas frias. E lembre-se de que apenas o médico é capaz de indicar um remédio apropriado para esta situação. Não se automedique!



Raiva


Nas cidades, métodos de controle de animais abandonados,
como a castração, podem reduzir os casos de raiva
A raiva é uma doença infecciosa viral que afeta, unicamente, animais mamíferos. Ela envolve o sistema nervoso central, levando a óbito em pouco tempo, caso o paciente não tome as providências necessárias logo após a exposição.

O responsável por esta zoonose é um
RNA vírus pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, presente na saliva do animal doente. Este, ao morder ou lamber mucosas ou regiões feridas, pode transmitir a raiva a outro indivíduo – inclusive humano.

No caso da raiva humana, os cães são o principal reservatório da doença. Entretanto, raposas, morcegos, lobos, antílopes, gambás, furões, dentre outros são, também, responsáveis. A única forma de transmissão conhecida, de um
Homo sapiens sapiens para outro, ocorre via transplante de córnea.

Após o contato com seu novo hospedeiro, o vírus se multiplica e penetra no sistema nervoso, afetando cérebro, medula e cerebelo. O
período de incubação varia de um mês a dois anos após a exposição.

Os primei ros
sintomas são menos específicos: mal estar, febre e dores de cabeça. Após estas manifestações, ansiedade, agitação, agressividade, confusão mental, paralisia, convulsões, espasmos musculares e dor ao deglutir. Em um prazo de aproximadamente dez dias, o indivíduo entra em coma e falece.

A
prevenção se dá, principalmente, pela vacinação anual de cães, gatos e animais de pasto. Métodos envolvendo o controle populacional de animais errantes e de morcegos e o uso da vacina preventiva em pessoas suscetíveis (biólogos, veterinários, camponeses) são outras formas de se evitar esta doença.

Como só se conhece dois casos de pacientes com quadro confirmado de raiva que conseguiram sobreviver, é imprescindível que, após um caso de contato suspeito, o indivíduo lave, apenas com água e sabão, a região que entrou em contato com o animal e procure assistência médica imediatamente, a fim de começar a receber as doses da vacina ou imunoglobulina humana anti-rábica. É
importante que não se interrompa o tratamento.

Sobre estes casos de cura, o primeiro conhecido em nosso país é o de um garoto de Pernambuco, contaminado após a mordedura de um morcego. Ele foi curado após cinco meses de UTI, com a administração de antivirais e sedativos.

Varíola



Perna de indivíduo acometido pela varíola.
Mais que a peste negra, tuberculose ou mesmo a AIDS, a varíola afetou a humanidade de forma significativa, por mais de 10000 anos. Múmias, como a de Ramsés V, que data o período de 1157 a.C, apresentam sinais típicos da varíola - esta que é tida como a principal causa de mortes em nosso país, desde o seu descobrimento.

Desconhecidos até pouco tempo atrás, pouco se sabia quanto à transmissão de doenças causadas por vírus. No caso da varíola, esta se dá pelo contato com pessoas doentes ou objetos que entraram em contato com a saliva ou secreções destes indivíduos.

Penetrando no corpo, o patógeno se espalha pela corrente sanguínea e se instala, principalmente, na região c utânea, provocando febre alta, mal estar, dores no corpo e problemas gástricos. Logo depois destas manifestações surgem, em todo o corpo, numerosas protuberâncias cheias de pus, que dificilmente cessam sem deixar cicatrizes, e conferem coceira intensa e dor.

O risco de cegueira pelo acometimento da córnea, e morte por broncopneumonia ou doenças oportunistas, já que tais manifestações comprometem o sistema imunitário, são riscos que o indivíduo infectado está sujeito.

Causada pelo
Orthopoxvirus variolae, é considerada, pela Organização Mundia l de Saúde, erradicada desde o fim da década de setenta, graças à vacinação. Quanto a isso, é atribuída a Edward Jenner a descoberta de que o contato prévio com o vírus - ou partículas deste – era capaz de proteger as pessoas contra ele. Nasciam, então, os primeiros princípios da vacina, esta capaz de nos proteger até hoje contra outras moléstias, como poliomielite e rubéola.

Apesar de controlada, algumas amostras do vírus permanecem, oficialmente, abrigadas no Centro de Controle e
Prevenção de Doenças em Atlanta (Estados Unidos) e no Centro Estatal de Pesquisas de Virologia e Biotecnologia em Koltsovo (Rússia). Tal fator causa preocupação quanto à utilização destes organismos como armas biológicas, principalmente considerando que indivíduos mais jovens não foram vacinados contra esta doença e que, portanto, não são imunes a esta doença, de caráter incurável.

As opiniões quanto à destruição ou não destas partículas são longas e controversas, mas até o momento, estas permanecem lá, onde estão.